Gráficos de SC. Liderado pelo Presidente do Sindgraf de Blumenau e demais classes de SC buscam equiparar piso salarial ao do PR
Nesta segunda-feira (27), patrões e trabalhadores catarinenses realizam a 1ª mesa de negociação para definir o reajuste do piso salarial estadual 2018. Desde 2010, o processo de negociação autônoma entre o capital e o trabalho balizam quais podem ser os menores salários pagos pelas empresas à classe trabalhadora em Santa Catarina, por meio de grupos de classes com quatro faixas distintas. Pelo piso estadual atual, valido até dezembro, os 10 mil gráficos no estado não podem ganhar menos de R$ 1.237. A partir de janeiro/2018, o valor deve ficar maior, baseado na negociação entre as partes e sancionado depois pelo governador.
O reajuste deve ficar em torno de 15% a 17%, se depende da demanda da representação plural da classe trabalhadora, que conta inclusive com o gráfico Moacir Effting, presidente do STIG Blumenau. Se alcançados tais percentuais, o piso catarinense se equipara aos valores já aplicados no Paraná – estado vizinho que também possui piso regional. O dirigente conta que a pauta de reivindicação já foi entregue desde o último dia 8.
“A negociação entre o capital e o trabalho é um instrumento fundamental que respalda o movimento sindical e a justiça social através do trabalho, que só se dão pela garantia da justa remuneração e direitos, devendo, portanto, se opor a reforma trabalhista”, realça José Acácio, presidente da Federação catarinense dos gráficos – entidade que o STIG Blumenau e demais STIGs da categoria de outras regiões do estado são filiados.
Sete dos 10 mil gráficos do estado de Santa Catarina ganham o salário no valor do piso estadual, mesmo após as negociações de cada STIGs com os sindicatos patronais do segmento. “Portanto, a negociação desta segunda-feira é mais que indispensável para toda a nossa categoria gráfica”, dizem Acácio e Effting. Em Blumenau e região, há cerca de 3,5 mil gráficos. No local, após a luta dos últimos anos, puxadas pelo STIG da região, já há pisos negociados com o patronal na ordem de R$ 1.305.
“Contudo, o piso regional é sempre o balizador que estimula o gráfico e demais categorias e lutarem por melhores reajustes, bem como impede que seja pago salários precários”, comenta Acácio, que também preside o STIG Joinville – entidade responsável por defender os 4,5 mil gráficos de 19 municípios desta região do estado, que possuem 480 empresas. Os demais STIGs catarinenses em atividade são os sindicatos de Itajaí, Florianópolis, Criciúma, Concórdia, Lajes, ambos filiados à Fetigesc, que por sua vez é filiada a Confederação Nacional dos Gráficos Brasileiros.