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FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA GRÁFICA DA COMUNICAÇÃO GRÁFICA E DOS SERVIÇOS GRÁFICOS DO ESTADO DE SANTA CATARINA

menuclear
3 de abril de 2018

Mulheres/homens gráficos do País: somos todos Marielle e Luciana

Apesar do empoderamento feminino a partir da sua entrada e avanço no mercado de trabalho, tendo de enfrentar duplas e triplas jornadas, estas que mostram a falta de igualdade e justiça social diante de preconceitos, assédios, diferenças salariais e mais violências, as mulheres continuam lutando pelos espaços e direitos na sociedade e na política, sendo até espancada e assassinada pelo sistema conservador avesso às minorias

Neste mês que se celebrou o Dia Mundial da Mulher, foram contadas, através da iniciativa da Coordenadoria Feminina da Confederação Nacional dos Gráficos (Conatig), diversas histórias de vida e resistência das mulheres gráficas brasileiras que conseguiram se aposentar depois de enfrentarem décadas de desafios dentro e fora das gráficas. Apesar da homenagem, que ainda apontou para o desafio político maior para as atuais profissionais se não reagirem ao cenário de retirada de direitos, a Conatig, bem como todas entidades que defendem os direitos humanos e trabalhistas foram violentadas no último dia 14 com a agressão física à professora paulistana Luciana Xavier na Câmara Municipal da Capital e pelo extermínio da vereadora carioca Marielle Franco, ambas vítimas da então sociedade brasileira do atraso com as suas elites reacionárias ao empoderamento das minorias econômicas, sejam mulheres, negras, etc.
Neste sentido, o coletivo de mulheres da Conatig soma-se às vozes dos milhões de brasileiros e milhares de pessoas pelo mundo para repudiar todo esse Estado de Exceção em que se tornou o Brasil desde o golpe parlamentar de 2016, que vem acompanhado de inconstitucionalidades nas várias ordens, contra o direito trabalhista/previdenciário de homens e mulheres, contra a vida humana, contra o direito à participação política da mulher, pobres, negros, trabalhadores e demais minorias. Ampliou-se todas as questões após a derrubada da presidente Dilma e chegada de Temer. Congelou-se, por exemplo, o investimento em políticas públicas por 20 anos. Aprovou-se uma nova lei trabalhista retirando mais de 100 direitos e ainda quer destruir o direito à aposentadoria dos empregados.
E, agora, dia 14, quebrou até o nariz da professora paulistana Luciana Xavier que protestava contra redução salarial posta pelo prefeito de SP, João Doria (PSDB), com sua reforma previdenciária. “Sou trabalhadora e quero ser reconhecida como tal. Estava lá para me manifestar pelos meus direitos. A adrenalina está alta, não consigo dormir. Ainda preciso me acalmar, me curar psicologicamente. Estou com medo, mas vou voltar para protestar”, disse a docente para a mídia. Não bastasse tal absurdo, mataram, no mesmo dia, a vereadora carioca Marielle Franco, ativista política, representante da população mais pobre, mulher, negra e defensora das minorias no RJ – estado que vive sobre intervenção Militar por decisão de Temer, bem como é dominado pelo tráfico e por milícias.
“Porém, ao invés de recuar, a luta continuará. Acreditamos que o legado destas mulheres segue como ‘divisor de água’ para continuarmos firmes e cada vez mais fortes. A docente Luciana mesmo ensanguentada com o nariz quebrado, disse que vai se recuperar e voltar a protestar em prol dos seus direitos. E Marielle nos deixa uma clara mensagem de força, luta, empoderamento, emancipação, coragem e de nunca desistir dos nossos sonhos, e que passa pela política. O nosso desafio é continuar perseverante”, diz Lidiane Araújo, em nome da Coordenadoria Feminina da Conatig. Ela que pautou junta às integrantes do coletivo esta questão de ordem e de homenagem para estas mulheres guerreiras brasileiras.
É pertinente lembrar que Marielle era uma mulher negra, mãe, feminista, socióloga, ‘cria da favela’, como mesmo gostava de falar, e vereadora do Rio de Janeiro com 46 mil votos. Nascida no Complexo da Maré, Zona Norte deste Estado, em 27 de julho de 1979, Marielle Francisco da Silva, a Marielle Franco, era uma referência na luta pelos direitos humanos.
Para a dirigente da Federação Carioca dos Gráficos, Marli Assis, que também é integrante da Coordenadoria Feminina da Conatig, não se tratou de outra coisa senão uma ação para calar Marielle, que, após ser a 5ª vereadora mais votada no RJ, vinha incomodando certos setores abastados por ela fazer a opção pelas minorias, sem cessar, incansável. “Isso afronta o Estado Democrático de Direito. Ataca as representantes políticas das minorias. Tivemos uma grande perda. Perdem todos. Isso não pode ficar impune. Mas a sua voz não se apagará. Eu e milhares de outras mulheres e homens somos agora a voz de Marielle por justiça e igualdade social no RJ e em todo o Brasil”, conta Marli emocionada na frente da Câmara da Cidade do RJ, local de trabalho da eterna Marielle.
“Neste contexto, infelizmente, já temos motivos suficientes para não esquecermos da real simbologia do 8 de março, que é de dor e luta das mulheres contra a injustiça e a tirania – um dia histórico onde remonta e perpetua a cada ano por quase 100 anos a luta/resistência das mulheres por igualdade de direitos e por justiça social”, realça Lidiane. Portanto, a Coordenadoria Feminina da Conatig aproveita para orientar e ressaltar a todas/os profissionais gráficas/os do País, cujas/os defendem os direitos trabalhistas e humanos e os direitos de todas minorias excluídas, para refletirem e votarem corretamente nestas eleições gerais de outubro.
Não vote em quem já votou contra você, permitindo, por exemplo, o fim de vários direitos trabalhista, querendo o fim da Previdência, congelando investimentos públicos com Educação, Saúde e etc. É preciso aumentar o número de trabalhadoras/res na Política, desde que sejam de fato sua representante e comprometidas com a questão social e com a dignidade humana. Não vote em candidatos das elites econômicas. Não esqueçam que são estes os responsáveis por tais violências e atrasos no Brasil. É um ano decisivo. “Vamos levantar o País através da urna com seu voto”

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