SINDGRAF de Blumenau e Fetigesc e mais federações iniciam luta para elevar piso salarial de SC
Federação de gráficos catarinenses, representada pelo STIG Blumenau, unem-se a entidades de mais classes em prol de um piso salarial maior
Nesta segunda-feira (10), representantes de seis centrais sindicais e de 16 federações de
trabalhadores catarinenses, como a dos gráficos (Fetigesc), voltam a negociar com o
segmento patronal sobre o reajuste anual do piso salarial definido para todas as categorias
profissionais no estado. A data-base é 1º de janeiro. O piso existe desde o ano de 2010.
Desde então, após a negociação entre as classes, os poderes Executivo e Legislativo de SC
validam tal decisão dos órgãos patronais e laborais.
O piso estadual é fundamental para balizar o salário de muitas classes, inclusive dos
gráficos que possuem o mesmo valor na maioria das regiões de SC. A única exceção é em
Blumenau, onde o piso local é superior. O presidente do Sindicato dos Gráficos (STIG) de
Blumenau, Moacir Effting, é inclusive quem tem representado a Fetigesc durante as
negociações do piso estadual nos últimos anos. Ele inclusive participou da 1ª rodada deste
ano, há duas semanas, na sede da Federação das Indústrias do Estado.
O piso salarial catarinense apresenta quatro faixas salariais. Os gráficos e outras categorias
estão no patamar que apresenta os maiores valores. A última faixa é de R$ 1.271. Como
este é o valor mínimo que um gráfico deve receber nas empresas de SC, determinado por
lei, nenhuma gráfica do estado pode pagar menos que isso. Assim, estes R$ 1.271 acabam
servindo de referência para todas as negociações salariais dos sete STIGs catarinenses
com as suas respectivas representações patronais locais.
No estado, há STIGs nas regiões de Joinville, Blumenau, Florianópolis, Concórdia, Sul
catarinense, Lages e Itajaí. Moacir conta que na 1ª rodada de negociação do novo piso
estadual para o ano de 2019, as entidades dos trabalhadores aproveitaram para pleitear
uma equiparação do piso local com o que é pago no Paraná. “No estado vizinho, o valor é
superior na ordem de 18%”, conta o sindicalista gráfico. O acumulado anual da inflação está
em 4%. Mas como a data-base do piso catarinense é em janeiro, as negociações só devem
avançar mesmo depois que saírem os números do acumulado da inflação dos 12 meses de
2018. Todavia, a 2ª rodada de negociação está mantida para a próxima segunda (10).
Moacir já confirmou presença.
